ZUMBIDOS

JOSÉ BECHARA

De 14 Set a 14 Out 2017

A LURIXS: Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar,do dia 14 de setembro ao dia 14 de outubro, a exposição de trabalhos inéditos de José Bechara. O conjunto, sob o título “Zumbidos”, reúne cerca de 10 novas pinturas produzidas em 2016 e 2017, que apresentam recente investigação do artista no campo da cor.

Sete anos após sua última individual na galeria, “Zumbidos” marca o retorno do artista ao circuito comercial de artes carioca. Nesta série, é revelada uma paleta ampliada com cores e contrastes luminosos, bem como trabalhos estruturados a partir de uma trama mais fechada, uma grade construtiva mais densa marcada pela presença de pequenos territórios de cores altas que misturados as linhas verticais e horizontais constituem a reconhecida grade geométrica do percurso pictórico de José Bechara.

Além da exposição que apresenta na Lurixs, o artista realiza a mostra Fluxo Bruto no MAM Rio de janeiro e participa da 7ª Bienal Internacional de Beijing e da 1ª Bienal Internacional da America do Sul, Buenos Aires.

 

Sobre o artista

José Bechara vive e trabalha no Rio de Janeiro. Iniciou seus estudos de pintura em 1987, na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Artista posterior à chamada Geração 80, abandona a tela e passa a explorar o processo de oxidação de metais, principalmente sobre lonas de caminhões usadas. A pesquisa experimental, aprofundada ao longo da década seguinte, consagra o artista como um dos principais nomes da Geração 90. Em 1992, começa suas experimentações com distintos suportes e técnicas e, no mesmo ano, realiza sua primeira exposição individual, no Rio de Janeiro. Em suas pesquisas no campo pictórico, Bechara chega às lonas de caminhões – usadas, marcadas e manchadas por mercadorias, pela estrada, pelo tempo. Não usa pigmentos de cor ou pincéis (materiais da pintura dita tradicional), mas “pinta” por meio do processo de oxidação de metais sobre a lona. “Alguns elementos norteiam a ação criativa de José Bechara. Ela combina apropriação, intervenção e anseio formal. Cada um destes elementos tem a sua especificidade, mas atuam segundo uma medida que é determinada pela necessidade de cada trabalho”, escreveu o curador Luiz Camillo Osorio, em texto sobre o artista. Nos anos 2000, a obra de Bechara também assume qualidades escultóricas, em trabalhos como A Casa (2002), em que móveis e objetos de uma residência saltam pelas janelas da casa. “Na construção de sua Casa, o que é íntimo é expelido, expulso, posto para fora. Nas Lonas, o que é marca do mundo e da natureza externa vai ser recolhido e absorvido no interior da tela. Neste jogo entre dentro e fora, intimidade e exterioridade, apropriação e extração, formalidade e informalidade, desenvolve-se a estrutura poética do artista”, conclui Luiz Camillo Osorio. José bechara possui trabalhos em importantes coleções públicas a exemplo de MAM Rio de Janeiro, Centre Pompidou, Ludwdig Museum, Pinacoteca do Estado de Sao Paulo, MAC Niterói, ASU Art Museum, Ella Cisneros, Museu de Arte Contemporânea de Palma de Mallorca, Culturgest-Lisboa, entre outros.