Sequências

Elizabeth Jobim

De 01 Abr a 10 Mai 2006

Elizabeth Jobim, que recentemente passou a integrar o time da galeria, faz sua primeira individual na LURIXS. Na exposição intitulada Sequências, a artista mostra trabalhos da mesma fase apresentada na 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. 

A exposição acontece simultaneamente à mostra da artista no Paço Imperial, onde é exibida uma versão adaptada para esse espaço da celebrada pintura/instalação Aberturas. Sobre este trabalho, Paulo Sérgio Duarte, curador da Bienal, afirma: "A pintura nos abraça nesse ambiente que nos acolhe. Estamos recolhidos pelo espaço projetado pela artista como a pele recolhe nossos músculos, nossa carne, mas é pintura. Essa pele não tem nada a ver com os apelos orgânicos, quer ser só pintura, colada na parede, e nos envolve."

Embora não possamos considerar uma instalação o que se verá na exposição Sequências, a montagem foi pensada especialmente para o espaço expositivo da galeria e busca evidenciar a relação dos trabalhos entre si e com o espaço. Sobre a exposição, a artista afirma: "Nessas telas, começo definindo os formatos. Procuro pensar a divisão em partes de tal modo que a continuidade  do todo se combine com a relativa autonomia de cada parte. As telas se estendem em sequência, como cartas de baralho, que unidas fazem um jogo."

Depois de anos dedicando-se à pintura sobre papel, desde 2004 Jobim vem desenvolvendo um vigoroso trabalho em óleo sobre tela, onde, ainda partindo da observação de pequenas pedras, utiliza um rolo de espuma obtendo sutis variações de vibração da cor de acordo com a intensidade de cada camada de tinta aplicada sobre a tela. As pedras agora não se fazem claramente presentes, estão lá como uma distante referência, no que Paulo Sérgio Duarte considera 'uma versão contemporânea da natureza-morta'. 

Outro ponto digno de registro é o fato de Elizabeth Jobim ser a primeira mulher a integrar o time de artistas representados pela LURIXS. 

Ricardo Rego, a propósito da nova parceria, afirma: "É uma enorme alegria para nós a chegada de uma uma artista com uma trajetória como a de Elizabeth Jobim. Sua experiência com pintura sobre tela potencializou a inserção da obra em contextos antes restritos ao seu antigo suporte, no caso, o papel. Sua instalação na última Bienal do Mercosul era arrebatadora."